quinta-feira, 16 de julho de 2015

1986

As nuvens de Chernobyl invadiram o Outono
inaugurando mais uma temporada de seca.

No rádio, canções sobre índios lamentavam
o tempo perdido e condenavam nossa geração.

As cismas rompiam-se, fossem nas bandeiras
vermelhas desbotadas, fossem na poesia.

Começava a utopia do fim, após tudo. 

São 28 agostos
desde então.